quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Hilda por Camilla

Reverendíssima Maly-Hilda veio ao mundo em 3 de setembro de 1910. Por isso, antes de cada reunião ocorrida às terças feiras acontecem palestras sobre vida e legado do Missionário. Na reunião de Kardec, Camilla Fernanda Oliveira do Nascimento preparou um trabalho que transita muito mais pela criação religiosa por que Hilda foi, na terra, a responsável. A seguir, Camilla conta alguns dos passos espirituais traçados pela Obra ao longo dos anos.

Mês em homenagem a Reverendíssima Maly Hilda. 
                       
Boa noite a todos os presentes

Nesta noite falarei um pouco sobre esta grande mulher. Hilda nasceu com uma grande missão: fixar na terra esta obra religiosa espiritualista. Ela precisou de muita força, fé, disciplina e determinação para quebrar muitas barreiras, transpor muito preconceito, para enfim cumprir aqui a sua missão.

Ela nasceu em 03 de setembro de 1910 em Valença-RJ como Hilda de Carvalho e Silva, em meio a uma família católica.

Foi criada no catolicismo, mas a sua mediunidade se manifestou aos dois anos de idade. Devido a estas manifestações, foi colocada em um colégio interno católico, aos seis anos, por estar dirigindo um centro espírita.

Desde muito pequena já recebia mensagens sobre a missão a ser cumprida no decorrer de sua vida; desde muito cedo já tinha a companhia de um velhinho chinês, que mais tarde se apresentara como Wandú.

Contou sempre com ajuda da Trindade Suprema que dirige esta casa. Mestre Wandú  no início era Pai Arruda. Materializou-se quando Hilda tinha quatro anos. Sendo ele chefe Supremo da IEED, orientou, dirigiu e transmitiu a liturgia e tudo que era preciso ser feito na obra.

Mago Wantuil deu o nome de Pai Miguel Xangôo, representante de São Jerônimo. Por amor e misericórdia veio nos ditar os ensinamentos e a disciplina Ieed. Incutiu nas nossas atitudes amor, ação e sabedoria.

Deusa Lunar, que no inicio dava o nome de mãe Guiomar, representante de Nossa Senhora da Conceição e subdivisão de Maria Santíssima, tem ligação com Santa Joana D’arc, que transmite à Obra Fineza, bondade, harmonia e arte.

E como Chefe Suprema Espiritual da IEED, fundou o Templo do Sol. Lá são realizadas as cerimônias de São Jorge, São João Batista, Cosme e Damião e Kimbaô. Sua aquisição se deu em 1929 e as primeiras construções datam de 1930. Também ergueu o Templo da Lua, onde a cada trimestre, na Lua Cheia reúne-se o corpo sacerdotal, irmãos de Auréola e o público associado para a realização de trabalhos espirituais de Entrega do Trimestre. Tudo isso sem contar o nosso templo aqui em São Paulo e Brasília e escolas Iniciáticas em vários países.

O centro Espírita Estrela D’Alva foi fundado em 13 de maio de 1938. Em 1943 Estrela D’Alva passou a chamar-se Irmandade por ordem de Mestre Wandú, dando inicio aos trabalhos espirituais iniciáticos, e  em 1953 passa a Loja Sacerdotal dirigida pelos Mestres Espirituais que compõe a trindade suprema S.S. Wandú, Deusa Lunar e S.S. Wantuil.  

Ainda fundou o Grêmio IEED, as Alas da Maçonaria Feminina, e Maçonaria Wanduista ( reuniões para orientar a mulher e o homem), os cursos IEED: espiritismo, mediúnico, sacerdotal, e iniciático, além de curso para a Mocidade e oração dominical (que prepara crianças desde o nascimento até os 12 anos).

Aos 33 anos recebeu o título de Deusa Solar pelas caminhadas no Brasil e exterior em serviço de abstinência e renuncia e por ultimo o titulo de Reverendíssima. 

Formou-se professora e jornalista aos 23 anos, professora de ginástica aos 38 anos, formou- se em psicologia aos 60 anos.

Foi bailarina até os 28 anos, fez cinema, fez varias peças de teatro e teve atelier de costura. 

Lançou 20 obras literárias, filosóficas, poéticas e didáticas. Seu primeiro livro, Ânsia, foi lançado na Argentina.

Compôs uma média de 426 musicas. 

Fundou a União dos Jornalistas. 

Conseguiu junto ao presidente da republica, Getulio Vargas, a “A liberdade de culto no Brasil, e também fez o 1º Congresso nacional de Umbanda em 1943; ajudou a fundar a Associação Feminina da Maçonaria Brasileira.

Terminou sua missão nesta terra em 08 de julho de 1972.

Um dizer dela: “Seja feliz, irmão, e nós o recebemos com todo carinho e amor. Porém, não espere achar uma Santa em sua fundadora e sim a mulher que luta pelo engrandecimento do seu semelhante e pela espiritualização do Brasil e do Mundo.”
                       
Pensamento

"Fraternidade é quando as cabeças são iguais e se tem verdadeiro amor, e os que tem mais, devem doar aos que tem menos. 

Para ser verdadeira a fraternidade, é preciso sinceridade no pensamento. Caminhar é ter o coração batendo, ter a alma como nossa companheira e trabalharmos. Só assim caminharemos!

Pois o que tem tudo e nada faz, nada tem lá no outro mundo.”

(S.S. Ana Maria)

A palavra liturgia (do grego λειτουργία, "serviço público" ou "serviço do culto") compreende uma celebração religiosa pré-definida, de acordo com as tradições de uma religião em particular; pode incluir ou referir-se a um ritual formal e elaborado (como a Missa Católica).

Sua Excelência Reverendíssima: era o tratamento honorífico atribuído por lei em Portugal aos Grandes do Reino eclesiásticos. Os eclesiásticos com honras de Grandeza eram Arcebispos, Bispos e Abades Territoriais.

Em termos legais e equivalentes os Grandes eclesiásticos podiam também ser tratados por Excelentíssimo e Reverendíssimo.

O tratamento eclesiástico de Sua Excelência Reverendíssima era equivalente ao de Sua Excelência Ilustríssima reservado aos Grandes do Reino seculares (nobres com honras de Grandeza). 

Sac.3 Ded. S.S. Wantuil Camilla Fernanda Oliveira do Nascimento.

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